Festas de Final de Ano: viajar ou não, eis a questão

Um levantamento realizado pela plataforma Hoteis.com, no final do primeiro semestre, mostrou que mais da metade dos brasileiros planejava voltar a viajar após o fim da pandemia. Mas a expectativa era de que isso acontecesse antes do ano acabar. No entanto, sem vacina e com novos casos do COVID-19 sendo informados diariamente, essa realidade está um pouco mais distante do que poderiam supor as mais negativas provisões. Segundo dados demonstrados pela JHU CSSE – Johns Hopkins University Center for Systems Science and Engineering, até o momento, o Brasil apresentou 7.162.978 casos de contágio. A plataforma mostra também que, desse número, 6.322.955 de pessoas já se recuperaram. O que é uma ótima notícia, mas longe de ser o ideal para aqueles acostumados a viajar nesta época do ano. Somado ao fator medo, temos ainda muitos destinos internacionais, anualmente requisitados pelos brasileiros, com entrada temporariamente suspensa para passageiros que venham diretamente do Brasil.

Mas, então, para onde irão os brasileiros para as festas de final de ano?

Segundo a pesquisa do Hotéis.com, realizada em agosto, 47% deles têm em vista os atrativos nacionais como principal opção para visitar. De acordo com a ABAV (Associação Brasileira de Agência de Viagens), 70% das viagens compradas por brasileiros até setembro – incluindo pacotes e voos avulsos – foram para destinos nacionais. O litoral brasileiro se destaca, e as capitais mais cobiçadas são Florianópolis (32%), Fortaleza (29%), Recife (23%), Rio de Janeiro (22%) e Salvador (20%). O estudo aponta, ainda, que 53% dos entrevistados priorizarão passeios com a família e 46% escolherão destinos ao ar livre, como lugares com cachoeiras e praias, evitando, assim, aglomerações. Os dados demonstram também que os hotéis seguem sendo a preferência dos viajantes, porém há uma tendência crescente nos aluguéis de temporada e acomodações alternativas, como cabanas e casas de campo, indicando a preocupação com uma viagem mais reservada.

No entanto, outro levantamento realizado, em setembro, pela Hibou (empresa especializada em pesquisa e monitoramento de mercado e consumo) em parceria com a Score Group, mostra que os planos de final de ano dos brasileiros mudaram: 79% passarão o Natal em casa com suas famílias e 65% garantiram que farão o mesmo na virada para 2021.

Em entrevista a 2.500 pessoas de diferentes regiões do Brasil, de 26 a 28 de outubro, a PoderData identificou que os planos de viajar no final do ano em tempos de pandemia são maiores entre os moradores da região Norte, onde 31% declararam ter essa pretensão. Vale destacar que é nesta região também onde se localiza algumas das cidades em que a epidemia do coronavírus se agravou mais rapidamente. Já, moradores do Sudeste são os menos propensos a viajar no Natal e no Ano Novo, grupo em que apenas 8% declararam ter esse plano. A proporção é de 10% no Sul, 16% no Centro-Oeste e 19% no Nordeste. Outra informação relevante da pesquisa realizada pela PoderData é que a intenção de passar as festas de final fora são maiores entre os mais jovens: no grupo de 16 a 24 anos, 24% disseram que pretendem viajar, enquanto nos estratos de 45 a 60 ou mais esse percentual é de apenas 8%.

O que os turistas brasileiros devem esperar

A mudança de ares exigida pela pandemia trouxe como resultado um aumento na procura da rede hoteleira das cidades litorâneas e dos hotéis-fazendas do interior, que devem registrar ocupação máxima permitida pelos municípios nos últimos dias de 2020. Essa é a expectativa que a ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) indicou. Assim como as reservas, os custos da hospedagem nesses locais tiveram um aumento considerável, principalmente em consequência da implantação de medidas de segurança para evitar a disseminação do coronavírus.

As mudanças seguem também na forma de aproveitar a estada. A maioria dos hotéis e pousadas adotou o chamado bufê invertido, ou seja, um funcionário equipado serve a refeição para evitar que muitas pessoas se aproximem dos alimentos. Além, é claro, da opção à la carte, que em alguns lugares pode ser entregue no quarto. Cardápios digitais, aplicativos para reservar horários para uso de piscinas e outras infraestruturas das hospedagens, e tecnologia para checkin e checkout são também novidades que serão encontradas pelos turistas.

Brasileiros podem viajar para fora do país?

Lentamente, algumas fronteiras começaram a reabrir, respeitando, é claro, as normas internacionais para evitar contágios. Importante destacar que os lugares apresentam exigências diferentes (incluindo teste de COVID-19 e quarentena de 14 dias), portanto, é  necessário verificar detalhadamente as regras impostas pelo destino escolhido, antes de começar a fazer as malas. Segundo informações do site Melhores Destinos, a lista de países onde os turistas brasileiros já estão autorizados a viajar é grande: Afeganistão, África Do Sul, Albânia, Andorra, Angola, Antígua e Barbuda, Argentina, Armênia, Aruba, Bahamas, Bahrein, Barbados, Belize, Benin, Bermudas, Bielorrússia, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Butão, Burkina Faso, Cabo Verde, Camarões, Camboja, Chade, Chile, Colômbia, Congo, Coreia do Sul, Costa do Marfim, Costa Rica, Croácia, Cuba, Dominica, Dubai, Egito, El Salvador, Equador, Escócia, Eslovênia, Etiópia, Gabão, Gales, Gâmbia, Gana, Granada, Guatemala, Guiana, Guiné  Equatorial, Guiné, Guiné-Bissau, Haiti, Honduras, Inglaterra, Irlanda, Irlanda do Norte, Irã, Iraque, Jamaica, Jordânia, Kosovo, Lesoto, Líbano, Libéria, Macedônia do Norte, Malawi, Maldivas, Mali, Marrocos, Mauritânia, México, Micronésia, Namíbia, Nicarágua, Niger, Nigéria, Omã, Panamá, Paraguai, Peru, Polinésia Francesa, Porto Rico, Quênia, Reino Unido, República Centro-Africana, República Dominicana, Ruanda, Saint Martin, Samoa, Santa Lúcia, São Tomé e Príncipe, São Vicente e Granadinas, Serra Leoa, Sérvia, Sudão, Tailândia, Tanzânia, Togo, Tunísia, Turcas e Caicos, Turquia, Ucrânia, Uganda, Zâmbia, Zimbábue.

Brasileiros não podem viajar para os Estados Unidos?

Sim, podem, desde que não estejam vindo diretamente do Brasil e tenham cumprido quarentena de 14 dias em outro país que esteja sem restrição de entrada. Por exemplo, o turista brasileiro deve viajar primeiramente para México ou Turquia (países onde somos aceitos sem restrição e há vários voos diretos saindo do Brasil), permanecer por 14 dias e, somente depois desse período de “quarentena”, embarcar para os EUA.

Cuidados para quem vai viajar

Toda viagem sempre exigiu certos cuidados e, em tempos de pandemia, o assunto segurança tomou uma nova proporção. Aqui vão algumas dicas de médicos da Sociedade Brasileira de Infectologia:

  • Evite aglomerações
  • Use máscara em locais públicos
  • Tenha álcool gel sempre à mão
  • Pratique o distanciamento
  • Priorize locais abertos ou ambientes bem arejados
  • Verifique os padrões de higiene dos locais onde escolher fazer sua alimentação

Ressalta-se, ainda, que pessoas pertencentes ao grupo de risco evitem viajar neste momento. 2020 é um ano atípico, que exige sacrifícios.

Todas as informações foram colhidas no início de dezembro de 2020 e estão sujeitas a alterações, de acordo com o desenvolvimento da pandemia em cada país.

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